
No sábado passado, dia 18 de julho, o perfume do deserto teve um delicioso aroma de ferrugem. Tal fragância deu a liberdade para se começar uma nova e pura existência. Regeneração periódica. Nova primavera - mesmo no inverno. Repetição da criação. Enfim, o perfume se fez ferrugem, tal qual a natureza faz quando se recupera a si mesma.
O Perfume do Deserto visitou o Espaço Ferrugem, ambos se perfumeram na QE 19, conjunto "J", casa 11, Guará II. Neste espaço aberto pelas irmãs Ferrugem, tudo o que é belo e legítimo jamais consegue se portar bem e devidamente. Neste maravilhoso templo do talento, não há alegria senã
o louca e embriagada. Pois lá não há pouca preocupação em viver melhor. É pura afirmação. Adesão e fidelidade incondicional à experiência que basta-se a si mesma. A criatividade como o viver da plenitude. Tudo é tempo. A beleza de cabelos, roupas e de outras artes plásticas, celebrando o corpo, seus artifícios e outros aspectos efêmeros da vida. É a festa do viver o agora. Afasta para longe qualquer desejo por imobilidade. Aniquila qualquer delírio por eternidade. Dança indiferente pela imortalidade. Neste estonteante Espaço Ferrugem a celebração do teor sempre mutante da vida é expressa como o mais belo amor pela finitude.

"Amor fati" da moda. Esta que aceita com alegria e sem remorsos os aspectos enigmáticos da existência fugidia. Poderosas mulheres, amazonas, bruxas, ciganas, piratas do século XXI, e outras amantes inveteradas do apoderamento de liberdades. Cortejo de insurretas. Todo poder aos múltiplos femininos. A moda é água. Um dos quatro elementos primordiais. Tomo emprestado as palavras de Bachelard para melhor explicá-la: "é senhora da linguagem fluida, da linguagem sem obstáculos, da linguagem fluente, contínua, da linguagem que suavisa o ritmo, que dá uma matéria uniforme a ritmos diferentes". Um verdadeiro mar fashionista onde personalidades como Anne Bonney e Mary Read certamente brindariam dizendo: este Espaço Ferrugem é um jogo lúdico maravilhoso - livre, aventureiro, perigoso e lucrativo.
Parabéns minhas talentosas irmãs Ferrugem, pelo espaço que nos conduzem ao contrário do que é habitual!
Olá! Prabéns pelo artigo sobre o Espaço Ferrugem meu queridão! Arrasou! Você escreve muito bem viu? sou a Renata aquela de cabelos curtos que sentou perto de vc, e engasgou com o delicioso aroma de rosas enquanto vc me contava a história da sua mãe! Adorei você e a tenda! Grande Abraço! Renata
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