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segunda-feira, 8 de junho de 2009

o imaginário do deserto

Ah, e os velhos gregos? Platão com seu mito da caverna e mundo das idéias... Aristóteles, com sua Metafísica e lógica... por lá as substâncias permanecem em suas substâncias... esqueceram o fogo e o movimento de Heráclito e negligenciaram as multiplas origens dos barcos que atracavam em seus portos. Pobre imaginário estático. Vão desejo de imobilidade, eternidade e imortalidade. Tudo isso para que o estar vivo jamais escapasse a qualquer argumentação. Baixa potência da alegria.

Pois bem, e os bérberes do deserto? ou os ciganos que por lá atravessavam com suas caravanas? Povos capazes de celebrarem o viver como sendo uma experiência de plenitude. Capazes de um gozo incondicional ao efêmero e à finitude da vida. No deserto, uma tempestade de areia apaga as pegadas. Sempre nós, à mercer da instabilidade e da mudança. Por lá dunas mudam de lugar. Aderimos radicalmente à existência fugidia. Nesse horizonte de eventos, o real e o imaginários se interpõem. Presságios, sonhos, transes mediúnicos como aceitação integral dos aspectos problemáticos, perigosos e enigmáticos do existir. Enfim, estrelas fugazes que se desvanecem na noite.

2 comentários:

IR-AFRICA 9 de junho de 2009 às 08:44  

As palavras e os modelos de vida e de lugares não são são suficientes para revelar o que é o "perfume do desert". Certamente ele é mais do que seria capaz de imaginar. O imaginário é maior do que o inimaginável. O imaginado é menor do que o imaginavel. A vida imaginada será nada diante da vida vivida

Unknown 14 de junho de 2009 às 23:26  

Com licenca...
Encontrei este blog enquanto vagava pelo infinito virtual e tomei a liberdade de fazer uma reserva do seu tempo,
para manifestar a minha imensa satisfacao e alegria ao me deparar com a surpreendente foto do sultao sentado diante do seu dominio liberto de limites... onde os perfumes do deserto bailam e se mesclam ao sabor das brisas mornas de silicio...
Abro os bracos no topo da duna dourada e me preencho com os aromas fantasticos de remotos oasis, brindados pelo vento que acaricia minha pele;
sinto a profunda ispiracao de contemplar os ultimos raios de Sol purpura.
A Lua crescente se ergue sobre minha fronte e Venus cintila vivida
Fagulhas de misterio e seducao ao anoitecer no deserto territorio do sultao
Saudacoes e felicitacoes.
Nar

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